quarta-feira, 26 de outubro de 2016

"Se eu quiser falar com Deus/ Tenho que me aventurar/ Tenho que subir aos céus/ 
Sem cordas pra segurar/ Tenho que dizer adeus/ Dar as costas, caminhar/ 
Decidido, pela estrada/ Que ao findar vai dar em nada" Gilberto Gil.

Deus existe? O que é ou quem é Deus? Deus? Estes questionamentos sempre habitaram minha cabeça desde a tenra idade. Recordo-me que passava horas divagando sobre a temática, principalmente quando me encontrava sozinho, no leito da cama ou no final da tarde quando ouvia a sabiá cantar no quintal de casa, onde minha mente viajava... Hoje, já não tento mais definir o "indefinível". Seria uma grande pretensão da minha parte, eu um ser limitado conceituar aquilo que não tem começo e não tem fim, o Ilimitado... Sei que, Ele ou Ela ou Ele/Ela se manifesta de múltiplas maneiras, logo as formas de cultuá-Lo/La são diversas. Vários são os caminhos, várias são as religiões. É muita pretensão querermos nomear uma única religião para abarcar a complexidade do Divino. Ou utilizarmos a nossa experiência religiosa como referencial para compreendermos a religião do outro. Fico a pensar, naqueles que acreditam ser portadores da verdade, que acreditam que serão os únicos "escolhidos". E como ficam aqueles que não fazem parte deste círculo religioso, que não conhecem os fundamentos religiosos por seguir outros? Para o crente que acredita estar salvo diria que estes outros estariam condenados a viverem um castigo eterno, por serem pagãos, ou seja, por não comungarem da mesma crença. Agora, o que cabe a nova geração, de pensadores libertos, é conviver com o diferente, sem classificações ou juízos preconceituosos, saber respeitar o espaço e a crença do outro, para também ser respeitado dentro das suas crenças e opiniões e assim, vivenciar o amor ao próximo. É fácil amar o igual, aqueles que comungam das mesmas opiniões. Amar o diferente, esse é o segredo! Eu acredito no Deus/ Deusa/ Deuses que se manifesta/ manifestam no Amor e no respeito ao próximo!